Diz-se que do pequi ninguém esquece. Ele é excelente para a memória. Seu forte gosto e perfume penetrante ficam na língua e no refluxo do estômago por horas. Se o desavisado mordê-lo, aí então é que nunca mais vai esquecê-lo. Com o pequi não tem meio termo: ou se o ama ou se o odeia. O primeiro contato nunca é muito amistoso. Mas, com a convivência, vai-se descobrindo as nuances de seu paladar e passa-se a nutrir até uma certa paixão, uma espera ansiosa pelo seu encontro, tenro, perfumado e único.
O pequi, Caryocar brasiliense, da família Caryocaceae, é um fruto nativo do cerrado brasileiro, consumido largamente por todo o estado de Goiás. Na língua indígena significa "casca espinhenta". O fruto do pequizeiro, árvore frondosa de cerrado e cerradão, é produzido entre outubro e fevereiro, época de safra. De cor verde, quando maduro, possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarela, a parte comestível. Comestível também é a sua castanha torrada, que para ser retirada é necessário quebrar o caroço.
É o símbolo máximo da goianidade, embora seja encontrado também em outros Estados. Apesar disso, é apenas em Goiás que existem todas as espécies, as quais frutificam, no seu conjunto, de setembro a fevereiro. Mas dada a sua extrema importância para a grande maioria dos goianos, ele é conservado tanto em essência quanto em conserva (cozido, preserva-se por meses em óleo).
O fruto é utilizado das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais afamados licores de Goiás. Seu grande atrativo, além do sabor, são os cristais que se formam na garrafa, que dizem, são afrodisíacos. A polpa (mesocarpo) do pequi, de coloração amarela forte, tem seu paladar bastante característico, é forte e costuma agradar de maneira intensa ou desagradar sobremaneira.
Comer pequi além de saudável e agradável, é uma ciência, quase uma arte: a polpa macia e saborosa deve ser comida com cuidado, uma vez que esta cobre uma camada de terríveis e minúsculos espinhos, que, se mordidos, grudam na língua e no céu da boca, provocando dores irritantes além de poderem causar sérios ferimentos à língua e lábios. Portanto não se deve morder o pequi, mas sim roê-lo. Esta especificidade afasta a tentativa de degustação de pessoas que desconhecem a maneira adequada de comê-lo, perdendo, deste modo, a oportunidade de experimentar um sabor peculiar e característico. O sabor, porém, vale o risco. Entretanto, a arte de roer a polpa macia e saborosa do pequi é algo que se aprende com facilidade. Deve ser comido apenas com as mãos, jamais com talheres.
Arroz com Pequi
Ingredientes:
250 gramas de arroz;
6 caroços de pequi, com polpa;
cebola, alho, cheiro verde e sal a gosto;
Como fazer:
- Em uma panela, refogue os caroços de pequi em óleo;
- Tempere com sal, alho e cebola;
- Acrescente um pouco de água e deixe a mistura cozinhar até a água secar.
- Adicione o arroz e refogue bem.
- Coloque água (o suficiente), um pouco de cheiro-verde e deixe cozinhar.
- Depois de pronto, coloque o restante do cheiro-verde sobre o arroz.
deste já ouvi falar, mas nunca comi, porque por cá não existe!
ResponderExcluir...quanto à receita, sem pequi... não há arroz com pequi LOL
bjs
Laura
Confesso que nao conhecia, obrigado pela partilha. No entanto esse pequi e' cheio de 9 horas lol, e' mesmo uma ciencia aprender a degustar este fruto. E pelo que se ve e' bastante versatil. Otimo poste Yolanda!
ResponderExcluirBjs
Namibiano & Dinah
Eu também nunca comi, morro de medo dos espinhos. E o cheiro realmente é muito forte, sente-se à distância. Mas os goianos amam!!!
ResponderExcluirObrigada Laura, obrigada Namibiano & Dinah, beijos.
Não conheço. Parece "Caju".
ResponderExcluirA castanha de caju em verde tinha tanto ácido que era usada como tinta para tatuagem.
Será da família?
jack
Adoro pequi!!!! meus avós, cearenses do Crato (CE) nos ensinaram desde crianças a apreciar esse delicioso fruto com arroz, no leite, no feijão, etc. etc. etc. E que delícia! Um abraço.
ResponderExcluirHuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!
ResponderExcluirTô com água na boca.
Saboreei demais no Maranhão, onde também a produção é bastante vasta.
Bem sejas.
http://joaopoetadobrasil.wordpress.com/2007/10/02/amor-animal/
Não Jack, não é da família e é bem diferente do caju. No caju temos a castanha, propriamente o fruto, que não tem espinhos, e o pseudo-fruto, que é o que chamamos de fruto mesmo, muito apreciado para sucos e também utilizado na culinária no Nordeste. Se bem que o caju também cheira à distância, forte mesmo.
ResponderExcluirBjs
No arroz, no frango, no feijão.... tudo bem, mas no leite? Nunca tinha visto ninguém comer pequi no leite! :-))))) Obrigada pela visita, abraço.
ResponderExcluirJoão, mas você já andou bastante aqui dentro, não é? Maranhão, Rondônia, Paraná... minha irmã mora em Porto Velho. Já estive lá umas 3 vezes, a última em dezembro passado. Não dá para te enviar pequi daqui, só é permitido sair conserva. E escondido não tem jeito, o cheiro o denuncia!:-)) Abraço
ResponderExcluirJoão, visitei seu site, através do link que você deixou, lindo seu soneto. Já coloquei o link em favoritos, assim fica mais fácil. Obrigada.
ResponderExcluirNão conhecia :-(((
ResponderExcluirMuito obrigada amiga
Beijos no teu coração
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Obrigada Ashera. Beijo
ResponderExcluirGifs, Flash e Videos Gratis para seu Orkut
Nao conhecia as propriedades do Pequi.
ResponderExcluirVai para as minhas pesquisas tambem.
Obrigada Landinha.
Bjs
De nada Sunny. Seja bem vinda, amiga, estava sentindo sua falta por aqui.
ResponderExcluirBeijo e boa semana.